quarta-feira, 26 de outubro de 2022

 O MEDO DA OPINIÃO ALHEIA – Alodoxafobia


    Diariamente, estamos expostos ao expressar nossos pensamentos e sentimentos; e, diante dessa exposição, muitas pessoas sentem um temor da opinião dos outros, criando uma limitação psicológica em muitas áreas da vida. Uma crítica os destrói.

    Logo, demanda uma reflexão constante sobre a participação do outro nos processos de constituição do aparelho psicológico, e, o olhar na infância nos permite refletir a partir da forma como a criança conquistou (ou não) a liberdade para se expressar, para contar o que sentia, para ter suas realizações valorizadas e seus pontos positivos destacados, e, como reagiram a possíveis críticas e comentários negativos, uma vez que a imagem construída de si mesmo é influenciada pela opinião das pessoas que foram e são importantes emocionalmente em suas vidas.
    O medo é um tema recorrente, seja de pessoas que tem medo de palhaço, de barata, de avião, do escuro, de morrer, da solidão, entre outros. Porém, há um medo que gostaria de falar hoje, o medo dos pensamentos do que os outros possam pensar a seu respeito.
    Em algum momento da vida, você terá que expor as suas opiniões, e o medo dessa exposição é conhecido como um transtorno psicológico chamado de alodoxafobia – caracterizada pela preocupação excessiva com a opinião alheia, medo de ser confrontado com opiniões diferentes ou negativas, da rejeição, de ser mal interpretado, com sintomas somáticos, como sudorese, taquicardia e da voz não sair.
    A dificuldade é tão grande que impede que a pessoa consiga se expressar com naturalidade e espontaneidade em uma discussão na qual deve expor seu ponto de vista, cujos planos, ideias, opinião e projetos são guardados com medo de serem rejeitados e ridicularizados. A experiência afetiva do sentimento de medo e de insegurança pode estar relacionado a uma falta de confiança em si mesmo, nas suas capacidades e na percepção negativa de si; onde pode se tornar depressivo, ou desenvolver outras fobias, como a fobia social.
    Por vezes, por acreditarem que são incapazes de mudar de emprego, de terminarem um relacionamento, de realizarem um sonho, podem ficar em relacionamentos abusivos ou em ambiente de trabalho tóxico, com indagações sobre “o que os outros vão dizer?”, ou “como serei visto?”
    Essas crenças são barreiras à criatividade que impede o desenvolvimento profissional, afetivo ou mesmo de pensar num futuro melhor, de explorar alternativas. É bom salientar que, mesmo quem tem autoestima e é seguro de si, fica aborrecido diante de críticas pesadas, geralmente pouco construtivo. Isso pode afetar muito a qualidade de vida, levando a quadros de ansiedade, distúrbios do sono e alimentares, dificuldades de relacionamento, entre outras questões.
    Ao discutir à alodoxafobia – o medo da opinião alheia – é importante compreender que a origem das situações traumáticas, o medo de sofrer novamente ou a falta de segurança na própria capacidade são bloqueios emocionais que têm sua origem em experiências vividas, uma vez que tudo nessa vida é baseada em experiências emocionais.
    Para quem sente tais bloqueios, essa fobia pode ser tratada e a terapia pode ajudar na compreensão dos motivos inconscientes, com camadas de julgamentos e de pensamentos comparativos e que não deixam se enxergar como se é verdadeiramente, além da compreensão para desvendar o porquê de agir com pensamentos sabotadores; e em conjunto entender que existem percepções diferentes, nem sempre, aquilo que o outro diz está correto ou representa uma verdade que mereça plena atenção.

sexta-feira, 14 de outubro de 2022


 Supere seus desafios a cada dia.


Para a prática de atividades físicas é importante o acompanhamento de um profissional.

Quem sou eu.

 


Orgulhosamente, sou Psicóloga e Psicanalista há mais de trinta anos, com mestrado pela UNITAU, Taubaté.

Lecionei em várias faculdades - UNIP, ETEP, INPG, INESP, por mais de vinte anos, e trabalhei na área de Recursos Humanos com desenvolvimento de pessoas e identificação de talentos. No serviço público estive como diretora de administração e benefícios no IPMJ (Instituto de Previdência de Município de Jacareí). Por oito anos fui responsável técnica da Clínica de Psicologia do SEST SENAT, como integrante de uma equipe altamente qualificada e especializada nas áreas da saúde e educação.

Os acontecimentos marcantes da minha história serviram para eu assegurar o valor que tenho. Tive muitos sonhos e sempre lutei para realizá-los numa trajetória de empreendedorismo.

 

Sou a somatória de todos os esforços e encontros.

 

Repensar a minha história equivale a reexaminar a minha própria prática psicanalítica; por isso, levo em consideração minhas experiências, o ambiente social e cultural. Passado, presente e futuro têm agora uma maior integração e restauro com isso tudo que vivi e que ainda contribui muito para continuar construindo a minha história.

 

Chego à maturidade constatando que tudo começou com um sonho. E, Hoje, diante das transformações mundiais que afetam a todos nós em todas as áreas, precisamos da capacidade de adaptação. Dessa forma, com coragem, força e dedicação, começo uma nova caminhada, no mundo digital, no qual a informação confiável é tão essencial.

 

Obrigada, Deus!


O tempo é curto?


A questão que trago hoje, caro leitor, vem de uma seguidora que questionou: como uma pessoa muito ocupada faz para ter tempo de cuidar de si mesma?

 

Ao refletir sobre o tema, lembrei-me de um agradável bate-papo que tive com duas mães, Clarissa e Evelini – uma com um bebê recém-nascido, e a outra com três filhos.


Clarissa, logo após o nascimento da filha, sentia necessidade de ter um momento só para si, sem quaisquer outras preocupações. Sentia necessidade de olhar para si mesma, realizando alguma atividade de interesse próprio, porém, sem que isso lhe causasse qualquer sentimento de culpa. Pensando nisso, Clarissa encontrou na prática de corrida de rua esse momento - atividade esta que, ainda, lhe proporcionava força, energia e vitalidade.

 

Evelini, mãe de três crianças com idades diferentes, desejava conciliar a prática de atividades físicas - porque gostava - com a maternidade, além de outros afazeres.

 

E, com o apoio do companheiro, voltou a praticar o taekwondo, sem que um interfira no ritmo do outro, porém, que tem colaborado para o fortalecimento do relacionamento.

 

Logo, pode-se concluir, sem medo de equívocos, que é inegável que a vida muda, radicalmente, depois do nascimento de um filho, contudo, ainda é possível, com planejamento, manter certas individualidades e momentos para si.

 

Nos exemplos citados, podemos perceber que Clarissa e Evelini não anularam suas responsabilidades, mas conseguiram meios de conciliar seus outros papéis. Um tempo dedicado a si mesmo ajuda a processar tudo o que está acontecendo, além de possibilitar um descanso de uma atividade rotineira.

 

É fato que não é muito fácil, principalmente quando se tem filhos pequenos, razão porque, muitas vezes, deixamos de lado achando que não é tão fundamental assim; no entanto, a compreensão de que o cuidar de si é vital ao indivíduo, como forma de sobrevivência psíquica, que cada um deve se preocupar com o atendimento às demandas externas articuladas e conciliadas com as demandas internas. 


É essencial entender que se a pessoa não conseguir processar as exigências do mundo externo e o seu interno, por uma idealização de desejar dar conta de tudo, ter o controle das coisas ou medo de falhar, irá pagar um alto preço emocionalmente, visto que a falta de cuidados consigo traz um esvaziamento e uma diluição de si mesmo com graves consequências emocionais.

 

Outro detalhe relevante é que, mesmo as percepções sobre o tempo sendo diferentes, é bom refletir sobre a ideia de que sua brevidade pode ser ilusória, porque, na verdade, tentamos alongar para caber nele um mundo de coisas, sem acolher a vida psíquica e seus afetos.

 

Assim, conseguir pensar sobre o que se está sentindo e o que faz sentido ajudará a olhar para a vida e para si de outra forma, porque o ser humano não pode perder a capacidade de sonhar e de ter esperança, com risco de começar a se sentir insignificante, levando, logo, ao esgotamento mental - um verdadeiro risco à saúde mental e física.

 

Então, querido leitor, como você tem vivido o seu tempo? 

 

 

 

 

 

 


AS ARMADILHAS DAS REDES SOCIAIS

    A abordagem desta publicação é sobre o crescente uso das redes sociais, que tem proporcionado novas formas de comunicação e conexão em...