quarta-feira, 21 de dezembro de 2022


 PAUSAR


Você certamente já parou e se perguntou por que é tão importante nos darmos uma pausa de vez em quando.
Muitas vezes, na correria do dia a dia não temos tempo para pensar sobre o que desejamos alcançar, aonde aspiramos chegar e se a trajetória está como imaginamos.

Faz-se tudo no automático e com isto não se consegue avaliar se está no caminho certo, que você planejou. É importante compreender que você merece e precisa de pausas e elas são a reposição do fôlego perdido nas perdas, sejam elas de tempo, energia, dinheiro, esperanças, ilusões, confiança, fé, inspiração, conquistas.

Quem me conhece sabe que estou constantemente com projetos em meio a uma série de tarefas, mas isso não significa que não dê pausas.

Pessoas que vivem dentro da dança do tempo, precisam sim de pausas e descansos para retomar a marcha que sai do planejado. De vez em quando fugimos do prumo, da rota, perdemos a bússola e deixamos a vida à deriva.

Dar uma pausa não tem problema, pois, a saúde e bem estar precisam estarem de mãos dadas.

Pratique o amor-próprio, permitir-se desacelerar e buscar atividades que te tragam conforto e alegria que te renovam e te restauram.

E, antes da pausa te convido a ler o meu texto “Percepções e Possibilidades”,
publicado aqui no blog.

Se você gostou e acha que pode ajudar alguém, curta, comente e compartilhe.

Um abraço.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

IMPRESSÕES E POSSIBILIDADES

 

A nossa cultura, frequentemente, encoraja-nos a pegar atalhos e soluções rápidas, preferencialmente mágicas, para alcançarmos tudo que desejamos e para o alívio de sofrimentos.

 Muitas das pessoas que vivem experiências traumáticas de violência, ou de indiferença no ambiente, internalizam essas situações perturbadoras e, por proteção ou para evitar dor, preferem viver em isolamento e ficam em silêncio – considerado como refúgio psíquico.

O refúgio psíquico, portanto, é um sistema defensivo que protege o indivíduo contra a dor e a ansiedade; fornecendo relativa tranquilidade e proteção contra as tensões de ameaça; no entanto, referida condição leva a paralisia e a estagnação disfuncional, cujo padrão pode ser quebrado.

É notável que, atualmente, muitos não apresentem tolerância para investir tempo e dedicação no autoconhecimento, pelo entendimento de que seus conflitos, percepções, experiências de dor, desejos, crença, intenção, emoção e memória não precisassem de cuidados. Em outras palavras, é como se a pessoa ficasse acostumada e até mesmo dependente desse estado de estagnação mental, visto que romper com algo que incomoda é mais trabalhoso do que mantê-lo como está.

 Mesmo assim, o enfrentamento e a compreensão da origem da dor e das soluções – que podem estar em um lugar emocional oculto e pouco definido – é o caminho para o entendimento dos enigmas da mente, de modo a reconhecer pensamentos e emoções, restaurando o equilíbrio emocional e a capacidade de pensamento. Por vezes, nossos castelos sempre podem desmoronar.

 As palavras e reflexões podem oferecer novas perspectivas e aprendizados na reconstrução da história, com foco no bem-estar emocional e mental.

Lembrei-me da exposição da obra do pintor impressionista francês, Claude Monet, à beira d’água. Veja-se.

 Quando se observa um quadro, captamos e somos sensitivamente captados, e tal apreensão nos leva a uma viagem sensorial sobre o que o pintor via no momento e a forma que sentia.

Muitos sentem um rebuliço e um borbulhar de pensamentos ao apreciar uma tela, levando ao despertar de emoções antes adormecidas, provocando uma reflexão sobre sensações, lugares, afetos e, sobretudo, imaginação. Isso ocorre de forma única a cada indivíduo.

 Um olhar sobre a tela em que ele retrata a esposa Camille e o seu filho, à primeira vista, é uma cena doméstica, na qual se vê uma mulher bordando com o filho ao lado; à medida que nos aproximamos, entretanto, podemos ver no seu rosto serenidade, ainda que sem expectativas. Uma aparente satisfação que também transmite solidão.

 Nesta perspectiva, a psicologia analítica propõe que o indivíduo busque o caminho da individuação e do autoconhecimento, desenvolvendo aspectos negligenciados da sua personalidade e reavaliando suas relações e percepções sobre si mesmo. Kandinsky diz que todos os fenômenos podem ser vividos de duas formas: a interior e a exterior.

Observar a rua da janela é se manter na superficialidade, mas, ao abrir a porta, saímos do isolamento, participamos desse tempo e espaço, e tornando-nos agentes, vivendo a nossa pulsação em todos os nossos sentidos.

 Não existe drive-thru para aqueles que desejam que seus problemas sejam solucionados o mais brevemente possível, de preferência, sem muito esforço.

Para enfrentar a dor é preciso enxergar os conflitos. Só após enfrentar as sombras, o desconhecido de si mesmo, é que será capaz de ver a luz.

 Assim, seguimos, com as impressões e as possibilidades a nosso dispor, sem soluções mágicas.

Desejo que, neste Natal, você possa olhar profundamente para seu interior de maneira a escutar a si mesmo, enxergar novos caminhos de renovação e compreender que a todo instante estamos criando a vida em nós mesmos e nos transformando.


A SAÚDE DO HOMEM

                                                          



 

Hoje, caro leitor, a reflexão é sobre, como os homens têm cuidado da própria saúde física e emocional.

A Campanha Novembro Azul, criada em 2003, na Austrália, com o objetivo de alertar, discutir, propagar, conscientizar os homens sobre a necessidade dos cuidados com a sua própria saúde, está conseguindo seu objetivo de conscientização e prevenção? 

As pesquisas mostram que os homens cuidam pouco da sua saúde física e emocional, que a negligenciam e acabam por adotar comportamentos de risco, além de se tornarem vulneráveis às enfermidades, em especial, às graves e crônicas, como diabetes, pressão alta, problemas vasculares, câncer.  Com tantas informações, por que isso ainda ocorre?


O padrão de comportamento a que os homens são submetidos na infância, e que continua por toda a vida, sem expressar as emoções, por considerar fraqueza, vulnerabilidade e falta de controle, são expressos com clareza, por exemplo, no documentário A máscara em que você vive, que inicia com um pai dizendo ao filho: “seja homem, pare de chorar, não se emocione. Se vai ser homem no mundo, controle as pessoas e as situações”. Isso mostra uma visão distorcida que associa a exposição das emoções com sinal de fraqueza. 


Compondo essa imagem idealizada e estereotipada do homem forte e imortal, somam-se as figuras dos heróis dos desenhos animados transmitidos pela televisão, como Superman, Batman, Robin, Capitão América, Homem Aranha entre outros; o que acentua o pensamento mágico de invencibilidade e imortalidade. 

A desinformação e a perpetuação de falsas crenças ultrapassadas prejudicam os cuidados com a saúde masculina, auxiliado pelo cultivo do pensamento mágico da impossibilidade de adoecer e pelas estratégias de comunicação que privilegiam as ações de saúde à criança, ao adolescente, à mulher e ao idoso. 


Em muitos momentos este homem se vê diante de poderosas lutas emocionais em seu íntimo. Se expor seus sentimentos ou a sua vulnerabilidade é contrário à ideia de seres fortes, emocionalmente controlados. O que fazer? 


Em algum momento o silêncio e o sofrer calado explodem, causando danos, como: a violência doméstica, comportamento abusivo, o não levar desaforo para casa, ou quadros de depressão, ansiedade, insônia, vício em pornografia, apostas, álcool e drogas. Isso é a prova de que se deve desenvolver e se cuidar emocionalmente e não negar a vida psíquica e os afetos que a acompanham.  O fato da relutância da desatenção com a sua saúde pode ser explicado por uma educação preconceituosa, passada de geração para geração. 


Muitos homens sentem vergonha de admitir sofrimentos, de expressar afetividade, dores, inseguranças ou manifestar fragilidades. Isso nos leva a pensar que há uma inibição da expressão de sentimentos, por significar a perda de controle. Enfim, tantas questões internas chocam com a educação que receberam. 


No sentido de auxílio, deve-se tomar como ponto de partida a pessoa e não a doença. Tal atitude enriquece a compreensão do que motiva a pessoa a procurar ajuda. 


É preciso desenvolver uma verdadeira conexão corpo-mente-doença. Considerando o comportamento cultural do homem de desatenção com a sua saúde, as campanhas de prevenção devem-se ser intensificadas, para desconstrução do preconceito, dos estigmas da infância e adolescência. Aprender a cuidar de si mesmo é o primeiro passo, para depois levar às outras esferas da vida. Por isso, as campanhas sobre a saúde do homem são cada vez mais necessárias para essa conscientização sobre o cuidado com a própria saúde.


Só se muda o comportamento, quando se muda o pensamento.

 

 

 


 


quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Gaslighting: manipulação psicológica

Sabia que, " a manipulação psicológica de uma pessoa, geralmente durante um longo período de tempo, faz com que a vítima questione a validade de seus próprios pensamentos e sentimentos, percepção da realidade e normalmente leva à confusão, perda de confiança, autoestima; onde passa a ter incerteza de seu emocional ou estabilidade mental, e uma dependência do agressor".

Essa é a definição usada pelo Merriam-Webster para 'gaslighting', escolhida a palavra do ano. A escolha veio após um aumento de 1.740% nas buscas pelo termo no site do dicionário em 2022, em comparação com 2021.

O termo foi usado pela primeira vez em referência ao filme norte-americano "Gaslight", de 1944. O suspense, traduzido como "À meia luz" no Brasil, mostra o relacionamento abusivo de um casal, em que o marido manipula a esposa e a trata como louca.

Esses sentimentos vivenciados pela pessoa oprimida podem causar sofrimento, depressão, e dificultar relacionamentos futuros.

Fonte: @portalg1


AS ARMADILHAS DAS REDES SOCIAIS

    A abordagem desta publicação é sobre o crescente uso das redes sociais, que tem proporcionado novas formas de comunicação e conexão em...